Entender a interação entre botos e pescadores como um jogo de estratégia com benefícios para os dois lados é algo cheio de simbolismos motivadores: ‘esses botos e pescadores nos mostram que a ajuda mútua pode ser o melhor caminho, e que é possível nossa espécie interagir de forma harmoniosa e positiva com outra espécie’. Ou seja, não precisamos ir longe para nos inspirar e entender que soluções são possíveis para qualquer ‘problema’.
Nesse objetivo do PELD SELA queremos colocar botos e pescadores em um tabuleiro, mas não em lados opostos. Queremos montar um ‘jogo’ em que a atitude dos pescadores vai interferir na atitude dos botos, e vice-versa. E essa interferência trará vantagens para ambos que podem facilmente ser medidas em termos de captura de tainhas, mas também em termos de número de pescadores e número de botos em cada população.
No entanto, essa relação é sensível, e os pescadores e botos podem mudar seus comportamentos e atitudes caso o ambiente em que estão também mude. Será que essas mudanças podem ‘desfazer’ essa interação, bagunçar o tabuleiro, reduzindo o interesse de botos e pescadores no jogo que jogam? Talvez, e queremos exatamente avaliar essa possibilidade.
Quais as chances desta fantástica interação deixar de existir se o ambiente mudar mudando os benefícios para botos e pescadores?
Assim, poderemos entender melhor o que precisa ser feito para botos e pescadores continuarem jogando.